30.6.10

diários da terra do nunca, dia sete.





Cheguei até aqui. Sem conclusões, sem planos, sem caminhos.

Cheguei até aqui com histórias, muitas.

Acaba-se quase o tempo e quando sair daqui saio na verdade novamente sem grandes conclusões de futuro, mas tenho o caminho de volta que é de ida, tenho o caminho que será sempre o que eu quiser que seja, para me receber ou para me deixar partir. Sem grandes conclusões, porque isto aqui, tudo isto aqui não precisa de conclusão nenhuma. O sol nasce, faz calor, e o sol põe-se ao fim do dia, e a melhor lembrança com que fico é de ter sido ao menos pessoa do meu próprio tempo e ter feito tudo o que tenha querido fazer.
E há roupa a lavar, e um cão a pedir comida, uma bicicleta à espera de se fazer à estrada. E vou, para depois vir, sem nada, livre, pura. Sabendo somente uma verdade única; a única vontade é viver.

Quando partir, parto sem conclusões, mas conclusões? Quem é que precisa delas de facto?
Cheguei até aqui, despedaçada. Passaram-me os dias por dentro e curaram-me as feridas. Quando daqui sair já não tenho chagas, terei só as marcas da guerra. A guerra que não foi ganha nem perdida, mas falando de guerra, o quê que ela importa? Eu, andei de bicicleta por aí e o vento entranhou-se-me na pele, essa é a única metafísica com verdadeira importância.



e se perguntarem por mim, digam que fui aprender a voar e voltei a subir às arvores.


agora, vou ver um
filme.




1 comentário:

  1. ai. gosto tanto de te ver assim.. tão leve, tão tu. fico feliz por ti. aproveita cada segunda que estás ai em Casa. e anda de bicicleta, sim, que é bom ;D

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