Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
Sophia de Mello Breyner Andersen
é lindo esse poema *.*
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ResponderEliminarHei eu não eliminei comentário nenhum!! :O
ResponderEliminarQuem é que comentou??
Meteste esse poema no meu hi5 :)
ResponderEliminarADORO-TE INÊS!
Blog lindo ^^
ResponderEliminarVou voltar :)
Beijocas ^^
Adorei. :)
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