20.9.09

Atéaofimdasemana

Estava ainda agora a pensar, sobre se o mundo irá acabar mesmo a 21 de Dezembro de 2012. Se tal for verdade bato com a cabeça na parede, pois serei obrigada a aceitar que afinal existem antepassados, espíritos, magos, feiticeiros e assim, ou quiçá somente terão existido seres muito mais inteligentes do que eu, os chamados Incas. Pois bem, se esta teoria for mesmo verdadeira, tendo em conta outras coisas que dizem ter sido escritas pelos Incas e acontecido, o dia 21 de Dezembro de 2012 será para mim uma frustração. Ora eu, com todos os meus problemas com a morte, achando já que o limite de vida humana (80 anos, vá) é curto para tudo o que gostava/tencionava fazer, que farei em 2012 com o fim do mundo onde apenas terei uns míseros vinte e um anos? Que raio, não podiam os Incas prever o fim do mundo para mais tarde?...

Ainda ontem passando na Bertrand conclui o quão infeliz sou, tanto livro no mundo e a maior pena que tenho é que de facto, durante, mais uma vez, o mísero período de vida humana, não terei tempo por mais que me esforce para ler nem um milésimo dos livros existentes no mundo, dizia-me a minha tia em conversa que, é por isso que nos especificamos em certas áreas quer no curso, no trabalho, quer ao longo da vida. Mas repare-se que existem livros bons que nunca terei o prazer de ler, e existem livros maus que provavelmente vou comprar, além de que, veja-se a responsabilidade que temos quando vamos a uma livraria para escolher livro x e não livro y, o que que nos fará levar um e não outro? E assim, consoante as nossas escolhas, vamos construindo aquilo que de facto somos, se o livro for mau, ou se o livro for bom, seja que nós somos apenas o reflexo das escolhas e experiências que fazemos e temos ao longo da vida. Digo eu...

Já agora, Hoje Não aconselho ao mundo, um livro de José Luís Peixoto, provavelmente não o poderão comprar porque ele não está há venda, mas podem sempre encontra-lo por ai (ao livro, não ao Peixoto).
E como estou com ele mesmo agora nas mãos, aproveito para citar um excerto desta obra, no meu entender uma das mais magníficas do autor.

" Nessa altura, eu tinha dezassete anos e o mundo pertencia-me de uma forma clara.
Podia começar por qualquer momento porque todos os momentos foram o começo deste instante. Porque se tirasse algum deles, toda a torre de momentos acumulados se desmoronaria e, agora, este instante aqui, seria o topo exacto da torre e cairia a maior queda. Todos os começos são imprescindíveis."

Obrigadinha, e volte sempre.

3 comentários:

  1. já li esse livro e aliás, já li mais uns quantos (valentes) de Peixoto e para mim todos são excepcionais, e a propósito de Peixoto, és tu quem tem a minha "Criança em Ruínas" ?

    é, tão pouco tempo e tanta coisa para ver. por isso é que se deve aproveitar bem os dias (:

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  2. Peixoto foi o melhor que me aconteceu na vida =D (e graças a ti).. eu também me sinto triste, pela quantidade de livros (e dvds) que existem e eu não os poder ler todos (nem ve-los todos), mas pronto!

    ps: não, não tenho o filme, vi na TV á pouco tempo :)

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  3. se chegar ao fim da semana já é muito bom emilia XD

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