10.10.10

Corsa-leão



O pessoal das artes, é sempre um tipo de pessoal diferente, afastado da realidade, mais jogado para dentro de si, mais num não-sei-que-mais profundo. E isto abrange o pessoal de artes no geral, de todas as artes, de todos os cantos, de todas as realidades.

Ainda assim, dou por mim a só encontrar a verdade no pessoal das artes do meu país. Não desvalorizando claro o pessoal das artes dos outros países, mas no pranto da juventude que os une a todos, o pessoal das artes do meu país tem um cariz mais sofredor, mais saudoso, mais trespassado do que qualquer outro pessoal de artes de qualquer outra parte.
Penso, sem não desvalorizar as outras partes que não conheço, mas valorizando aquela em que vivo, que o pessoal das artes do meu país, salvo excepções, é mais artista.
Aqui, onde há chá e cortesia e simpatia e tudo mais e o tempo roda vagaroso numa rapidez alucinante numa outra noção de realidade, o pessoal das artes também é muito artístico, mas de uma maneira mais plastificada.
É que falando em arte, já me fere os olhos tantas vezes olhar e ver retratada sempre a mesma personagem Vintage encarnada na maioria dos corpos que por mim passam.
Valorizo muito esta noção artística do vestir, do estar, do pensar, do saber, e do se ser. Mas é certo que os artistas que são artistas de cabeça não precisam de tons pastel e rosa morto para se afirmarem como tal, nem tão pouco o mesmo tipo de óculos que o grande Zeca Afonso usava, não para parecer bem, mas por ter falta de vista.

3 comentários:

  1. uau.. sim, aqui a nem todos são autênticos. concordo contigo. a sério?? se fosse com o àlvaro ou com o pedro já teriam ido para casa muito rápido. gosh! :P
    ps: txi amuh branca

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