22.5.11

sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam
Sempre chegamos, ainda que o sítio aonde nos esperam seja longe do nosso sítio. Ou que quem nos espera não nos espere somente com o corpo. Ou ainda que, nós não queiramos chegar a nenhum sítio por já termos chegado a algum lado. Ou por ainda não termos, não nos queremos mudar muito do sítio aonde estamos. A verdade é; chegamos sempre a algum sítio. Quer nos esperem ou não, ou se nos esperam muito ou pouco ou, se nós esperamos algo. Chegamos sempre a algum sítio. E eu, já cheguei a muitos. E cheguei a este. E agora na hora de partir, tenho dúvidas se não era melhor ficar no aconchego da tua pele fria de Inverno e do teu corpo estrangeiro, em vez de partir outra vez, para algum sítio aonde me esperem com desassossego nas cabeças. Para chegar aonde estou em memórias, para depois ficar por lá em vida, a esperar que não te afastes muito, que a distância é da alma é mais comprida do que as milhas que nos delimitam ambas as vidas das quais nunca faremos parte. Porque seremos sempre um amor estrangeiro à primeira vista, perdidos no primeiro sorriso da despedida, sabe-se-lá onde...

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