15.4.12


Beijo . Paris. 
Estava tudo dito. ficávamos assim; petrificados pela imagem, a sonhar estar dentro dela com aqueles corpos, naquele momento de um tempo outro, passado. O beijo e Paris. estava tudo dito, mas não está. Quem são estas pessoas? Que faziam alí à luz de um início de século? de onde vinham? para onde iam? Despediam-se? Voltariam a encontrar-te? Simples amantes ou um «happlier ever after»? qual é a história atrás dos corpos? dentro dos corpos? o que os move? o que os levou até ali àquele beijo? e o homem por trás da máquina, porque se apaixonou pela imagem reflectida através da lente? um momento, basta um simples momento para apaixonar o mundo. Não, não estou a falar da qualidade do fotografo, que até hoje desconhecia, nem estou a falar da popularidade da fotografia. Estou a falar da imagem, olho para ela e petrifico. desejo incessantemente estar ali também, ser aquele homem ou ser aquela mulher, ser um dos dois não importa: o beijo e Paris parece-me a utopia certa. à luz de uma vida cosmopolita no romper da «industrialização» o tempo para um beijo capturado por uma máquina. Cliché? talvez para nós hoje, que vemos a realidade com olhos de cinema, mas ali, ali naquele tempo à muito tempo atrás, quem eram estas pessoas que se beijavam? e no meio de pessoas com pressa que passavam um fotografo tira uma fotografia; é Paris. estava tudo dito, não está. Qual é a história? Qual é o amor? esse amor francês sabido apenas pela tela grande, ou pelo papel preto e branco? Ainda existe ou ficou parado no tempo e na memória? que amor era este, o deste beijo, desde beijo antigo, que será para sempre igual em todos outros amantes...? 

1 comentário:

  1. Engraçado, tantas vezes olho para fotografias assim e me questiono pela história das pessoas contidas na fotografia, o que sentiam, o que pensavam e o porquê de ali estarem. Há tantas histórias por contar :)

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