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Torremolinos é onde nunca irás. Tão misteriosamente confuso e incompatível com a destra sociedade actual que por vontade própria ninguém aparecerá por lá, sejem fortes ou fracos, gordos ou magros, bons ou maus. Torremolinos não é algo que possas obrigatóriamente presenciar, não tocas, não vês. Não acontece nada e acontece tudo, na utopia juvenil de uma liberdade sonhada ou sentida. É um passado estranho, talvez ficcional demais para se implementar no teu dia a dia, ou talvez não.
Ao longo do caminho Torremolinos ser-te-à completamente absurdo, de novo nada te trará, embora te caiba a ti a porta aberta para levares de lá alguma coisa que te valha.
O mau desta maravilhosa história é que Torremolinos ficou perdido em setenta e um e agora, se sobraram, os seus filhos andarão por Marrocos, Moçambique ou Espanha, a Portugal nada, pois que os anos setenta já passaram e a liberdade sempre foi momentânea.

Filhos de Torremolinos, James A. Michaner.