1.8.10

Original

às vezes tenho aquela vontade súbita de escrever sobre coisas, muitas coisas. Partilhar pensamentos, palavras, momentos, escrever limpo, meter as cartas no jogo, afogar as mágoas, desenterar as as alegrias numa exaltação única do meu ser.

Mas depois...Não o faço. Encontro-me sempre nos recantos das metáforas, temendo que alguma vez me caia a máscara e as susceptibilidades se firam. É que nisto dos humanos é perciso uma certa delicadeza de palavas, nunca sei quem está à espreita do outro lado da rua. E a minha literatura é sempre esta intempéride de aflições, jogando ao rato e ao gato para não me conhecerem as facetas, para apenas conhecerem a cobertura sem que conheçam o interior, e às vezes, fingir que se é, é mais duro do que ser.
às vezes, quando sinto vontade de escrever sobre tudo, venho aqui, abro a janela e começo a escrever, depois apago as provas e estou pensando noutras coisas, estou sempre pensando noutras coisas.
Hoje é um desses dias...

E agora vou partir, bem hajam *




1 comentário:

  1. eu também sou assim. às vezes acabo por escrever e depois saem aqueles meios textos que ninguém percebe, mas para mim fazem sentido.
    espero-te amanhã.

    ResponderEliminar