7.10.10

Queria dizer-te muita coisa, mas espero-te nas entrelinhas.

Ho.
Está alguém aí?
Está alguém ai?!
Está alguém...?
Alguém me lê?
Alguém me lê?!
Alguém...?
Podiam escrever-me,
um dia,
talvez.
Podiam... Escrever-me.
Alguém...?
Gostava que me escrevessem.
Alguém me escrevesse.
E me mandasse uma carta pelo correio,
e ela chegasse até aqui cheia de carimbos
e selos sei-lá-de-onde.
Sabem?!
Cartas...
As cartas...
Em papel,
desenhadas à luz de uma caligrafia pessoal e única.
Uma carta?
Alguém...?!
Um postal?!
Até pode ser um post-it.
Mas, alguém me pode provar que as cartas não morreram?
que a escrita não morreu?
que todos os seus sentidos não sucumbiram...?
Alguém me pode mesmo escrever uma carta e mandar-ma pelo correio?
Por favor...?
Mas não me escrevam nada, se não querem de facto faze-lo.
Se for esse o caso, não ficarei desapontada.
Nunca se esqueçam é que os sonhos nunca morrem.

5 comentários:

  1. oh Inês! sabes, estive com as nossas cartas na mão - no fim-de-semana - e numa delas, escrevias que tinhas medo, que sabias que nós íamos acabar por nunca mais nos falarmos, quando eu fosse para Mértola e que chegaria um dia, que nem o teu nome ia saber. que eu ia conhecer outras pessoas e a nossa amizade perder-se-ia pelo caminho. ironia, não é? :) mas já que mencionas as cartas .. tenho saudades. saudades de escrever e saudades da expectativa que se cria antes do abrir de cada envelope, do abrir do papel.

    ResponderEliminar
  2. É complicado escrever-te enquanto não me deres a tua morada.

    ResponderEliminar
  3. Eu dou-te a minha morada, se me mandares o teu mail.

    ResponderEliminar
  4. Tu sabes o meu mail ... :)

    ResponderEliminar
  5. parabéns bom texto. Infelizmente parece mesm que as cartas cairam em desuso :s

    ResponderEliminar